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Produtos com indução de resistência podem ser ferramentas eficazes no combate às doenças do tomateiro. A tecnologia faz com que a planta, a partir de estímulos externos, produza elementos compostos internos que a preparam para a presença do patógeno. O efeito da indução de resistência é trabalhado a partir da união de elementos de origem animal conhecidos como produtos de resistência bióticos, com elementos do reino mineral, chamados produtos de resistência abióticos. A união de elementos dos dois reinos gera o efeito de estimulação na planta, que produz novos compostos para combater doenças patogênicas.
Além do uso de produtos com indução de resistência, o produtor deve tomar uma série de cuidados. Como as doenças, de forma geral, envolvem a presença do inóculo, que está diretamente ligada ao uso intensivo da terra, é fundamental que o produtor promova a rotação de culturas. Além disso, é importante fazer o manejo adequado de nitrogênio e irrigação, assim como aplicar produtos de origem agroquímica para reduzir a presença de inóculos. De acordo com o engenheiro agrônomo Glênio Pimenta, da empresa Improcrop do Brasil, o produtor também deve ter atenção especial com a nutrição vegetal.
— Nutrientes, quando mal aplicados, podem causar danos nas folhas e abrir a porta para a entrada de patógenos. Nitrogênio é um desses elementos que, quando mal utilizado, torna a planta mais suscetível às doenças. Trabalhando com elementos nas dosagens estabelecidas para cada estágio fenológico, é possível fortalecer os elementos da parede celular, da própria estrutura vegetal e das cutículas, tornando a planta mais resistente ao ataque de fungos e bactérias — explica Glênio, que dará uma palestra sobre o assunto no 1º GVS Irriga, nos dias 6 e 7 de agosto, em Goiás.
De acordo com Pimenta, os agricultores também podem lançar mão de produtos comerciais que trazem agentes complexantes capazes de formar, junto com elementos minerais, um complexo novo e de baixo peso molecular. Assim, cria-se uma condição de absorção facilitada na parte das folhas, em nível de cutícula, estômatos ou canalitos. A tecnologia favorece o xilema e o floema, já que o agente é composto por aminoácidos, que são grandes carreadores. Os aminoácidos são utilizados para ligar os nutrientes a serem absorvidos pelas raízes e promover o aumento da translocação. O uso de produtos com agentes complexantes configura, na opinião de Pimenta, uma nutrição especial do tomateiro, e também pode ser considerado uma ferramenta viável de prevenção às doenças patogênicas.
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